Dentro do caos, eu vejo a saída.
Fazer faxina em uma casa para mim é
terrivelmente desgastante. É mais interessante e inteligível, fazer manutenções
constantes. Reservar um dia para por tudo em ordem, cria um caos total. Sem
dúvida, muitas pessoas preferem que assim seja. A sensação maravilhosa que
sentimos depois ao vermos um ambiente limpo e arejado, não tem igual.
Inicialmente retiramos caixas, papéis velhos, objetos guardados há tanto tempo
que nem sequer utilizamos, apesar de que, podemos reciclar e customizar muitas
coisas. Nossa vida tem muito da história da Fênix. Das cinzas ressurgirmos. A
questão é que muitas vezes por medo, quem sabe, deixamos de fazer uma faxina em
nossa vida. Dá uma geral. Observar o que está funcionando ou não. Encarar os
medos de frente. Medo de encarar a conta bancária, as dívidas? Com medo ou sem
medo elas continuarão lá. É bem melhor sabermos em que terreno estamos pisando.
Assim, teremos segurança ao caminhar. Encarar as dívidas, fazer uma planilha, de
repente descobre-se que elas não são tão grandes assim,só estavam desarrumadas, sentiremos um medo,
ansiedade, mas é só por um instante, depois organiza , põe para fora
tudo aquilo que necessariamente não acrescenta em nada na nossa vida, que na
realidade só nos faz gastar dinheiro em vão. Quando fazemos esta planilha,
descobrimos que estávamos por cima de um amontoado de coisas que só faziam nos
endividar. Partimos então para a limpeza, e a paz mental reina. Para isto
acontecer é necessário ENCARAR O PROBLEMA. Não ter medo do caos.
Por vezes na vida, ficamos com medo de desarrumar a nossa aparente
normalidade. Está tudo tão certinho, tão ajeitado, no seu lugar. Um aparente
ambiente de paz. Talvez um turbilhão de coisas esteja acontecendo por debaixo
desta normalidade e estejamos tentando tapar o sol com a peneira, por medo de
encarar os fatos. Isto vale para tudo na vida! Medo de fazer um exame médico
para não encarar o resultado. Seja lá qual for o resultado, ele esta lá, com
medo ou sem medo, se for algo grave, vai “explodir”. O que seria este caos? O
enfrentamento do problema, a real situação, as adaptações necessárias e o
processo de cura, se ela for possível. Se ainda não for (mas sempre há a
esperança), viver um dia de cada vez.
A vida tem me ensinado que viver compartilhando experiências, idéias,
enfim, trocando conhecimentos, é a melhor forma de usufruí-la. Quantas pessoas
passam por situações na vida e de repente põe lá na Internet o tema e descobre
que um monte de pessoas também passa por situação similar? Isto acontece porque
esta gente do bem aprendeu a compartilhar. A mostrar para o mundo que em meio ao
caos, encontramos a saída ou até a melhor forma de conduzir tudo. O mundo, a
internet, precisa de mais pessoas assim. Ainda existe uma cultura de omissão
muito grande para compartilhar experiências. Não digo transformar uma rede
social em específico para expor seus problemas pessoais de forma vulgar. Mas há
pessoas sim que fazem um diário de como lidam com certas situações diariamente.
Mães solteiras, pais solteiros, casais se separando ou se reapaixonado, pais
relatando dificuldades em se relacionar com seus filhos adolescentes, pessoas
lutando contra vícios, contra a obesidade, entre tantos.
Viver para mim ainda é compartilhar. Acreditar que tudo tem solução por
mais difícil que pareça, por mais bagunça que tenhamos que fazer. Se não está
bom, vamos encarar o problema de frente. Encarar a bagunça por um período e se
regozijar com a paz, a felicidade e a harmonia alcançada.
Boas reflexões!
Excelentes faxinas!
Descubram a felicidade dentro do
caos.
Iracema Correia
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