O fim de um casamento...
Com filhos envolvidos, quando a mãe
fica com os filhos, normalmente o pai costuma se separar também da criança. O
contrário também acontece, pois para toda regra existe exceção. Discussões
tolas por conta de nada. Troca de ofensas, acusações, enfim, nada leva a nada. Nenhum
relacionamento acaba de um dia para outro. Quando um não quer dois não brigam.
Quando um também não quer, dois não fazem as pazes.
Muitas pessoas têm dificuldades de expressar os seus sentimentos e guardam
por anos mágoas, o balde vai enchendo, até que a última gota é o suficiente
para entornar tudo. Outras gritam, avisam também por anos. Mas é comum o outro
lado não levar a sério. E de repente, são pegos de surpresas, assustados, sem
chão.
Sempre me perguntei se alguém muda com o tempo, se conseguimos mudar uma
pessoa. Só se a própria pessoa quiser. Porém, podemos conduzir as coisas,
estabelecendo acordos e metas. Não permitindo que certas atitudes do parceiro
que prejudiquem a união, repita-se por tantas vezes. Procurando ser firme. E se
a pessoa pede desculpas, mas repetir de novo e de novo e de novo...
Cabe a cada cônjuge decidir se é capaz de suportar, pois quando casamos,
“amigamos”, mesmo sem prometer a líder religioso algum, estabelecemos acordos
simbólicos, de união, lealdade e na doença, na alegria, na pobreza e na
riqueza, até que a morte nos separe. O que fazer se o casamento mais parece o
período das vacas magras, dos sete anos de azar? Costumo dizer que a solução do
problema está no problema. Uma terapia de casal ajudará certamente, se ambos
quiserem, pois uma andorinha só não faz verão. Mas e se a excitação ( tesão), a
química,a amizade, o respeito, tiverem acabado? Será que é fácil recuperar? Nunca
é. Mas a vida dá sinais, para sabermos se estamos no caminho certo. Antes de
nos envolver com alguém, observemos como esta pessoa se comporta quando não está
sendo observado. Normalmente, quando não se está sendo observado, a pessoa
costuma agir naturalmente. Observemos em coisas simples como numa brincadeira
em grupo com amigos, como a pessoa se comporta. Se sempre “puxa a sardinha”
para o seu lado, se auto elogia o tempo todo. Enfim, algumas observações. Como
trata seus pais, mãe, irmãos. Embora isto não seja fácil muitas vezes, pois no
caso das mulheres, alguns pais costumam enfeitar qualidades inexistentes na
filha. Da mesma forma em alguns casos, o filho é visto pela mãe como um eterno
bebê que nunca cresce. E costuma por “panos quentes” nos defeitos. Mas ninguém
consegue fingir por tanto tempo.
O fato é: Defeitos todos têm. Mas o que esperamos de um relacionamento é
o que vai determinar se suportaremos ou não certas atitudes do nosso cônjuge. Se
caso isso não acontecer, suportar, por exemplo, os maus tratos, vícios que
prejudicam a paz e segurança da família, o descaso para com as obrigações,
cito, cuidar dos filhos, da casa, trabalhar para garantir o sustento (de acordo
com os combinados), afinal, cada família é uma unidade, com leis próprias. Enfim,
e se isto estiver afetando a nossa felicidade e a forma de encararmos o mundo,
afetando a nossa saúde... Uma boa meditação, oração, reflexão, receber conselhos
e pautar sobre eles, ajudarão bastante. A decisão é individual. Mas que tomemos
esta dolorosa e triste decisão com paciência e sabedoria, muita sabedoria, pois
precisaremos dela para continuar seguindo em frente, acreditando que o felizes
para sempre ainda acontecerá.
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