Quando tem que ser é...

Acredito no fluir das coisas de forma livre, leve e solta.Tenho uma "lei" que sigo da seguinte forma: Se tá complicado demais DESISTE. É porque não tem que ser, ou naquele momento ou talvez NUNCA.Paciência. Semelhante atrai semelhante. Quando queremos algo e sabemos o que queremos de verdade, focamos naquilo, esta coisa chega a nós sem muita dificuldade. Acredito que esta visão de que TUDO É DIFÍCIL para se conseguir, que as vitórias se alcançam com muiuuuuuuuita força,de fato não é a minha visão. Isto vai desde coisas pequenas à coisas grandes. Eu ando pela rua, observando o comportamento das pessoas, isso já virou um hábito. Mas é um análise comportamental, sociológico, psicológico, longe de ser uma análise de escaneamento de características físicas e sim de postura. Engraçado ver várias vezes no banco que eu sempre ia, ficávamos cerca de três horas aguardando na fila para ser atendido ( pasmem, banco público, lei dos 15 minutos não funciona, cidade com pessoas acomodadas.) Bom, incrivelmente as pessoas, ficavam nestas horas todas, em pé. Sendo que havia cadeiras para sentar, mas o medo de "perder " o lugar conquistado era maior. Eu sempre me sento. Não sei como está la agora. Brasileiro ama fila. Ama surtar com as coisas. Esta semana vivi um episódio engraçado no teatro. Havia duas entradas e respectivamente, duas filas enormes. Uma das portas se mexeu, abriu, a outra não. As pessoas saíram, desesperadas, correndo para a outra fila,  embora a outra porta não havia AINDA sido aberta, não significava necessariamente que não iria abrir, como de costume, sempre abre para ocorrer a  entrada, dos dois lados. Mas olha o pensamento da perda, do correr se não a gente perde. Enfim, todo mundo que correu para o lado direito, voltou  para o esquerdo, onde ficaram eu e mais umas cinco pessoas. E comentei para a pessoa que concordava comigo, a medida que nós analisávamos a situação. Se fosse um caso como, um incêndio por exemplo, as pessoas entrariam em pânico, morreriam mais pelos efeitos dele, digo ( o pânico) do que pelo acidente em si. Parece-me um prazer mórbido pelo difícil, pelo desastre, como se estivessem só esperando acontecer o pior. Não relaxam. A vida não precisa ser assim. Ela tem que ser leve, pois a carga em sí já é pesada. Diminuir o passo mas com constância e foco, acredito ser o ideal. Há momentos que nãos estamos preparados para receber visitas na nossa casa, estamos desanimados, casa bagunçada, enfim não é o momento. Até mesmo para tirar foto, tem dias que fazemos uma superprodução e a foto sai um horror. Tem dias que nada fazemos e saímos com o cabelo impecável, as vezes até sujo ( risos), cara lavada e olha a TOP model ou o Mister Universo arrasando no flash. É bem assim a vida, para mim. Tem horas que certas coisas não nos acontece porque ainda não estamos com a “casa arrumada” para receber. Mas insistimos desesperadamente. Ou a forma como estamos utilizando, não é aquela. Lembro-me do personagem Sísifo da mitologia grega que a sua punição foi, rolar a pedra eternamente para cima e para baixo, não saia disto. Sabemos que, “água mole em pedra dura tanto bate até que fura.” Mas a água é maleável, aguenta a porrada, se adapta em qualquer recipiente, se conseguirmos nos adaptar a cada situação sem nos machucar, até alcançarmos o objetivo, excelente! Acredito ser bem melhor do que se desgastar desnecessariamente. Nas relações amorosas,creio eu que seja a mesma coisa, pois há pessoas que fazem questão de se tornar ausentes na nossa vida, mas o danado do medo de "perder" esta pessoa, faz com que nos agarremos a relacionamentos que não nos satisfazem, insistimos, insistimos e só nos machucamos. Como sentir falta daquilo que você nunca teve? Só para ter a impressão de que não se está só? A pior solidão, é aquela de se estar só e acompanhada, ao mesmo tempo.

Deixa fluir, deixa acontecer, deixa rolar.

Obrigada pela visita! Sejam sempre bem vindos!

Iracema Correia