Sobre a autoestima
Penso
que a autoestima deve ser trabalhada desde a tenra infância. Pois
ouvir comentários desastrosos de pais, irmãos mais velhos, pessoas
mais achegadas a nós, durante o período de desenvolvimento da nossa
personalidade é traumatizante e marcará toda a vida adulta de uma
pessoa. É por isto que uma boa análise, livros de autoajuda, a
busca do autoconhecimento, entre outros, são necessários para que o
fluir das relações aconteça, sem embaraços. Infelizmente, ainda é
muito comum ouvirmos comentários ignorantes, diga-se de passagem, de
pessoas que afirmam não precisar de psicólogos, que tudo isto é
frescura. Que uma boa cerveja, um papo com os colegas ou ocupar a
mente com trabalhos, fazer muito sexo,etc, etc.
São tantas formas de "pseudoterapias" que, creio eu, nem
Freud o pai da Psicanálise conseguiria explicar, nem elaborar.Bom,
na verdade o próprio Freud falava de questões sexuais mal
resolvidas e, traduzindo para o popular, muita gente atribui a falta
de sexo à problemas psicológicos, e sim, certamente deve ter
correlação mas, não necessariamente à falta de sexo, mas
antes de um “bom” sexo, pois há certos “trabalhos” feitos
por aí que em alguns casos, acabam com a autoestima de qualquer ser
vivente. Digo com respeito à qualidade do mesmo que, se for feito
sem neuras e consciente, é um êxtase total. É aquelas neuras
terríveis de: se tenho celulite, se o pênis é pequeno, se o corpo
faz legal, se faço muito barulho, se está errado, se está certo
enfim..neuras, neuras..Só sei que quando a pessoa não está bem
consigo mesma, nada rola de forma eficaz. O padrão de beleza, de
comportamento, a ditadura de tudo, atualmente certos assuntos, estão
sendo evitados por muitas pessoas, devido ao número proporcional de
pressões e críticas. CRÍTICAS, eis a palavra! Preocupação com o
que as pessoas irão falar. Lembro-me, com muitos risos, da atriz
Marília Pêra atuando em umas duas novelas onde ela citava sempre
esta frase: “ O que as minhas amigas do ( algo parecido com
saquequer, sei lá) vão falar?” Sugerindo uma preocupação de uma
quatrocentona falida com as críticas que porventura surgiriam por
alguma falta de ética, decoro, comportamento em geral,tido por este
grupo elitizado, como inaceitável, certamente. Mas isso é muito
comum! Esta preocupação absurda com o que o outro vai falar.
Afinal, pertencemos a grupos sociais, tendo eles regras, e quando não
nos adaptamos a tais, sofremos o ostracismo, banimento total. Mas daí
surge a necessidade de considerarmos o nosso eu, o que nos faz
bem,buscar dentro de nós a nossa criatividade, a nossa força
interior. A invés de invejarmos uma pessoa, porque não tentar
alcançar os nossos sonhos e utilizar o exemplo desta pessoa, como
força propulsora para atingirmos os objetivos? Por que ao invés de
atribuirmos mas motivações a alguém, não purificarmos o nosso
coração a fim de vivermos bem conosco? Quanto tempo dedicamos a nós
mesmos? O quanto gostamos da nossa companhia? Será que nos sentimos
diminuídos se chegar uma festa ou evento qualquer e nós não irmos, quando “todo mundo” vai? Nós não somos todo mundo, lógico.
Somos unidade, DNA's diferentes. Porque ser mais um rebanho ao abate?
Não precisamos ser assim, se não quisermos."Chocar" a
sociedade com cores de roupas ,cabelos, etc, super mega diferentes,
para afirmarmos a nossa singularidade, não é o caminho
ideal.Porque não é o externo em si que importa. Podemos utilizar o
cabelo, o corpo, a roupa que quisermos, mas nunca para mostrar ao outro,que somos diferentes. A diferença tem que vir de
dentro, de uma segurança absoluta e total de que você é você, com
erros, defeitos, qualidades,acertos, mas simplesmente ESPECIAL.
Cuidemos da nossa autoestima, os relacionamentos certamente
melhorarão e a humanidade agradece.
Prosperidade à todos
Iracema
Correia
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