Posso até ouvir seus conselhos...seguir é uma escolha minha.
O autoritarismo, a posse, o controle é quando queremos também impor às outras pessoas nossas vontades. Não adianta se posicionar como conselheiros sem ser solicitado. E ainda assim, se solicitado, saber respeitar o limite ,evitando ser invasivo. Me sinto invadida quando querem ensinar como devo alimentar a minha filha, criá-la, arrumá-la. Se como muito ou devo deixar de comer. Com quem namoro ou deixo de namorar. O que faço com o meu dinheiro, com meu cabelo, meu tempo, enfim, a minha vida. Dar sugestões é muito legal. Por vezes, fazemos isso quando achamos que podemos ajudar. Mas para tanto, precisamos conhecer bem o outro e saber se o mesmo realmente quer ser aconselhado. O interessante é que normalmente, as pessoas que mais tomam a iniciativa para dar conselhos, são as mais desastradas. As que mais insistem em que o outro lhe siga. É perigoso porque se a pessoa se der mal, o outro não terá suporte para lhe ajudar. Mas, pela insistência deveria. Vejo doutrinas religiosas impondo regras na vida das pessoas, enchendo suas cabeças de medo e culpa mas sendo incapazes de na hora da necessidade, atuarem de fato de forma prática em ajudar tais pessoas. Conselhos são bem vindos quando em conjunto com perguntas sobre como a pessoa se sente diante do assunto em questão. Na verdade só o dono da situação, saberá a melhor forma de agir, por estar ele dentro do problema. O que pode-se fazer é oferecer opções, escuta, e se for solicitado ainda. É muita gente querendo dar opinião e pouca gente preparada para isso. E caso alguém não siga o seu conselho. Trabalhe isso dentro de você ,não entendendo isto como uma rejeição à sua pessoa. Mas antes,como um exercício de livre arbítrio do outro. Não desejemos portanto o seu mal porque não seguiu o nosso conselho, não somos senhores de ninguém. Estamos aqui na mesma caminhada, cada um aprendendo e vivendo da maneira que entende ser a melhor forma de viver.
IRACEMA CORREIA
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