Um mês de greve na segunda cidade mais rica do estado da Bahia.




"Camaçari, cidade riquíssima. Segunda maior arrecadação do Estado da Bahia. Nelas praias. Jauá, Arembepe, entre tantas. Maior Polo Petroquímico da região Nordeste. E há exatos um mês os professores em greve aguardando o Executivo lhe repassar o que lhes é de Direito. O seu salário corrigido com percentual de aumento vergonhoso de 11,36 por cento dado pelo Ministério da Educação. Eis a Bahia! Eis o Brasil! Que todos políticos afirmam a anos a fio planejar melhorias na Educação. Palmas para uma gestão que demonstra desprezo pelos Educadores. "Iracema Correia



À COMUNIDADE CAMAÇARIENSE! ( Ao Brasil, ao mundo!! *o grifo é meu.)

"Os professores da Rede Pública Municipal de Camaçari vêm, por meio deste comunicado, pedir desculpas e informar a todos que não é interesse dessa categoria sofrida permanecer em greve.

Essa situação vem se alongando desde o dia 18 de março, devido ao descaso do prefeito Ademar Delgado e do seu Secretário da Fazenda, Sr. Camilo Pinto.
Os professores entregaram a pauta de reivindicações- 2016 desde o dia 09 de dezembro de 2015, tendo como data base, o mês de janeiro.

O prefeito informou, no inicio de fevereiro, que só poderia dar uma resposta no dia 14/03/16, intervalo de tempo respeitado e esperado, com muita ansiedade, pela categoria, a qual, na data supracitada, na mesa de negociações, foi surpreendida com uma negativa do Secretário da Fazenda do Município e do atual Secretário de Educação, Professor Juipurema Sanches, quando afirmaram não haver proposta de reajuste para os professores dos níveis 1, 2 e 3 (graduados e pós graduados), sendo somente contemplados os 105 professores especiais, e que são a minoria, excluindo deste, aproximadamente, 1.800 professores, alegando limite prudencial, o que fez a categoria deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir de 18/03.

Até o dia 08/04, décimo quarto dia útil da greve, o governo se manteve calado, ignorando o movimento dos professores e os 50.000 alunos sem aulas.

Somente em 11/04 que o governo apresentou a primeira proposta de 2% em maio e 8,67% em dezembro, ambos sem retroativo, a qual foi extremamente desrespeitosa.

Hoje a proposta do governo é: 2% maio, 8,67% outubro, sem retroativo.
Desta forma, o desrespeito continua, quer oferecer a inflação dividindo e sem retroativo, ou seja, quer retirar os direitos (da nossa data base e do nosso plano de carreira).

Vale ressaltar que, em 2015, sofremos redução salarial de 2,17%. Esse ano, o governo quer reduzir ainda mais com justificativas de não ter dinheiro, mas não abre as contas para que professores e pais de alunos possam saber como atingiu esse limite prudencial, já que esta é uma cidade rica, que arrecada bilhões por ano.

Queremos esclarecer também, que municípios que têm uma arrecadação muito menor do que CAMAÇARI, já pagaram aos seus professores, com o percentual do piso (11,36%), como exemplo: Dias D'Ávila, Simões Filho, Saubara, Santo Amaro, Maracás...
Vale ressaltar, que esse percentual de reajuste, Camaçari e todos os outros municípios brasileiros já estão recebendo por aluno, desde 01/01/16.

O Ministério da Educação estabelece que se os municípios não tiverem como pagar aos professores, devem solicitar da União uma complementação, mas para tanto, as contas têm que ser abertas para provar que não tem o dinheiro. Por que será que a prefeitura não quer pedir dinheiro para a UNIÃO?

Salientamos que a nossa luta é também por uma melhor qualidade de ensino, transporte escolar, revisão plano de carreira dos professores, que está engavetado desde 2012, merenda escolar de qualidade, transporte digno para os professores, material didático e de limpeza nas escolas.

Hoje, 18/04/2016, a nossa greve está completando um mês!!
Estamos protagonizando 20 dias sem aulas. E ainda não temos uma proposta do governo que seja no mínimo aceitável para que a greve acabe."

*Comissão de greve dos professores da rede pública municipal de Camaçari.

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