Viver se camuflando.
O Homem mais perigoso, para qualquer governo, é o homem que é capaz de pensar por si próprio, sem levar em conta superstições e tabus.
Quase que invariavelmente ele chega a conclusão de que o governo que está acima dele é desonesto, insano e intolerável, e então, se ele for romântico, ele tenta mudá-lo. E se ele não for romântico, ele está apto a espalhar o descontentamento sobre aqueles que são. HL Mencken."
Esta pensamento faz parte da minha vida em todos os sentidos. Honrar os próprios princÃpios e valores, custa caro, muito! Ter personalidade NUNCA foi fácil, diante de uma sociedade que impõe padrões. Muitos preferem encarar a vida como se utilizassem de camuflagem, escondidinhos ali, aceitando tudo que vem. E é por conta de pessoas assim, que as coisas continuam estagnadas. A polÃtica continua corrupta e os sistema injusto. Não basta participarmos de passeatas , camuflados em meio a multidão, quando não somos capazes de nos posicionar diante de uma plateia.Se vemos uma injustiça, um colega sendo prejudicado e nos escondermos. O medo da reprovação é mais forte. E em alguns casos o risco de morte é grande. Já dizia o Maluco Beleza : " Eu não sou besta pra tirar onda de herói...Deus me livre eu tenho medo, morrer dependurado numa cruz...". Então, de repente você para e pensa: Se temos tantos direitos garantidos, é graças a luta de muitos, democracia ( ainda que demonÃaca, a democracia brasileira, nos faz sentir a ilusão de que estamos sim no comando.) As "bruxas" mortas por utilizarem a cura medicinal através de plantas, pessoas queimadas, por traduzirem livros, como a BÃblia para o idioma popular. E tantas lutas por este mundão de meu Deus. Ficar de braços cruzados, aguardando a mudança é muito cômodo.Talvez, temporariamente, teremos paz, temporariamente, pois a sombra da injustiça chega para todos. Não nos envolver nos problemas alheios, nem sempre significa calar-se ante a injustiça. Morreremos em vida, camuflados, quase que em simbiose, sem identidade ou quem sabe, talvez passaremos por uma triste experiência, onde perceberemos que o silêncio alheio, no momento que precisamos de apoio, dói mais do que certas palavras impensadas.
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