Se fazer de vítima para levar vantagem...



Hoje passei por uma situação inusitada e até agora estou deveras pensativa. Sou muito atenciosa e devo ser na direção.Principalmente dando ré em ruas movimentadas. Sei que os pedestres também não contribuem para melhorar o trânsito, pois costumam "enfrentar" os carros, sabendo que todo enfrentamento de forças quem tem a corda mais fina sai prejudicado. Mas o motorista também tem a "corda fina", são tantos aborrecimentos, tantas multas e ainda a pressão popular que pelo desejo da justiça súbita, com as próprias mãos, acabam por fazer julgamentos precipitados. Saindo do estacionamento da Cidade do Saber, dando ré, bem devagar, pois os pedestres ali costumam ignorar os carros,noto de repente colado no fundo do carro um senhor de moleta. Um rapaz me chama e diz que tem um senhor que está atrás do meu carro. Tipo atingido.Enquanto isto passa um "imbecil" de bicicleta gritando olha o POBRE senhor aí, vai passar por cima? ) só rindo) DETALHE ELE NÃO ESTAVA PASSANDO, ELE APARECEU, OU SE ABAIXOU. Parei o carro e perguntei se ele e foi atingido, se machucou, antes de ele responder, outro rapaz com uma voz de malandro mesmo, me ordenou: Agora a senhora vai ter que levar ele, para "compensar". O que, não sei. Ele disse:Eh, tomei um tombinho.Para uma pessoa no estado em que ele se apresentava, se realmente tivesse levado um empurrãozinho do carro, tava todo travado. E antes de mais nada, o rapaz com voz de malandro ( sem preconceito...mas a cara dizia tudo), já foi abrindo a porta do meu carro , do fundo e mandando o senhor entrar, a fim de eu levar ele até a SEMED, para uma consulta marcada, pois o mesmo tinha convênio.Mandei ele sentar na frente, perguntei o nome, malmente quis dizer, disse que era Zé,perguntei ao rapaz se era conhecido dele, ele disse que "seu ZÉ" conhecia ele desde pequeno. Perguntei onde ele morava, disse que era na Bomba e estava indo ANDANDO até a SEMED. Perguntei se ele tinha parente, ele disse que tinha , mas era assim mesmo.Ele me guiava numa perícia, indicando as ruas como um conhecedor de rota, um motorista. Porque para quem não dirige, nem sempre sabe onde é contra mão. Deixei-o em frente a SEMED. Desceu calado. Tu agradeceu? Assim foi ele. Fui fazendo na minha cabeça, toda a minha manobra.Se eu realmente tivesse atingido ele, ele tinha caído.Cometer barberagem, qualquer motorista comete, mas...sei não viu...achei estranho demais. Fiquei pensando... assim como foi um senhor poderia ser um malfeitor. Atrasei a minha consulta e levei ele. A impressão que me deu...parece que é de costume dele fazer isto em parceria com o rapaz...queria ficar só observando se ele iria fazer isto com outra "motorista", pois tenho certeza que se fosse homem, isso não seria assim.Penso também, na quantidade de pedestres que, embora tenha ciclovia aqui nas redondezas, andam de bicicleta no meio dos carros, de patins, passam por trás de carros que estão manobrando a ré, desconsideram as passarelas, atravessam a faixa de pedestre sem o sinal está verde e quando o acidente acontece, é sempre ele a vítima. Existem motoristas irresponsáveis, assim como pedestres. Enfim, as vezes as pessoas se fazem de vítima porque se colocam nesta posição, andando de forma irresponsável. Se arriscando.

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