“Eu sou eu e mais as minhas circunstâncias.”
“Eu sou eu e mais as minhas circunstâncias.”
José Ortega
Lembro-me desta frase desde quando, acredito estar na antiga quarta série.
Nunca saiu da minha mente. E aos poucos fui crescendo e compreendendo o sentido
dela. Conforme evoluímos como pessoa (e isso é muito bom), percebemos que nada
na vida é estático. Conforme citação atribuída a Karl Marx “tudo o que é sólido
se desmancha no ar”. E de fato, é o que vemos. Dizer apalavra NUNCA ou JAMAIS, é
de uma ingenuidade profunda! A vida nos leva a caminhos ‘dantes nunca navegados’,
onde precisamos utilizar de embarcações novas ou até improvisar. É ai onde
entra o cuidado em não julgarmos, condenarmos o outro de forma tão veemente. É
interessante perceber que algumas pessoas assistem a programas televisivos onde
se chocam com os noticiários de brutalidade contra animais, crianças, etc. Condenam
o agressor e, pouco tempo depois praticam algo similar. Principalmente quando a
mídia resolve então ‘pegar alguém para Cristo’, o algoz da vez, as pessoas viram
feras querendo linchar a todo custo estes algozes. Sentimento de justiça?Talvez! Poderia ser também uma bela oportunidade de julgar e chutar cachorro
morto! Existem regras em nossa sociedade que precisamos seguir a fim de não
ficarmos à margem dela. Porém, existem também algumas condutas veladas, de
algumas pessoas que podem desencadear em nós atitudes inesperadas. Já dizia o livro
Bíblico de Eclesiastes: “A mera opressão faz o sábio agir como louco.” “Tudo
muda o tempo todo no mundo”, como canta Lulu Santos e a “vida vem com ondas
feito o mar”. O lance de tudo é lembrar que tudo é passageiro, que grandes
civilizações desmancharam nas ruínas, que ditadores ficaram pra história e por
ai se vai. Embora as circunstâncias, dirão o que somos, precisamos de raízes a
fim de não ficar à deriva. Pois o tempo costuma cobrar de nós tudo o que fizermos
de bom ou ruim.
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